O projeto do semestre trata a comida na cidade a partir desse olhar, comida como base nutricional para o desenvolvimento biológico, incluindo suas dimensões socioculturais e políticas.
Entendemos que além da vasta gama de fontes calóricas e de vitaminas, precisamos ser nutridos por exemplos, por gestos ou ações, por desejos e pela esperança.
Nesse contexto, arte e a cultura passam a serem alimentos primordiais.
Precisamos de hortas urbanas assim como dos blocos de carnaval, da coleta e distribuição de frutos abundantes tanto quanto das areias limpas das praias.
Precisamos plantar, cultivar, colher, distribuir, armazenar, preparar, ingerir, digerir e expelir para adubar o novo plantio. Sustentando, dessa forma, um ciclo metabólico onde cidadãos alimentam-se de suas cidades, ao mesmo tempo em que se tornam alimentos para elas. Demonstrando, assim, que as cidades são organismos vivos de alta complexidade, em constante transformação, e seus cidadãos comuns não apenas estão submetidos aos seus códigos e leis, como produzem novos códigos e leis, formais ou informais o tempo inteiro.
O queremos ver são comunidades produzindo cidades a partir desse ciclo metabólico de seus bens comuns.