O projeto local de “Comunidades e bens comuns” no Brasil começa com um forte olhar para ações existentes em espaços urbanos densos, e muitas vezes carentes de recursos básicos – como fornecimento de água potável e coleta de resíduos – porém abundantes em soluções exemplares que impulsionam o fluxo da vida a partir da coletividade e da resiliência.
Entendemos a relevância de expor as boas soluções e práticas existentes, assim como a importância de facilitar conexões que possam ampliar algumas dessas ações, ou que possibilitem novos projetos e ações.
Para isso, além de convidarmos atores locais que participam de ações nos bairros que escolhemos, convidamos especialistas de diversas áreas de conhecimento – arquitetos, antropólogos, sociólogos, historiadores, artistas e engenheiros – para diálogos e intercâmbios sobre novas práticas, estratégias, projetos e ferramentas. Contamos com a participação de atuantes no meio acadêmico, no corpo técnico das diferentes esferas do poder público, em iniciativas privadas, ou do terceiro setor, a fim de criar uma interlocução transdisciplinar que auxilie na sistematização dos processos.
A intenção é que essas conexões e trocas de experiências e de saberes distintos estimulem novas iniciativas socialmente construtivas, e que estas, por sua vez, tenham a possibilidade de se tornarem objetos de registro abertamente disponibilizados, ampliando tanto o acervo quanto as possibilidades de mais conexões e iniciativas.
Arquiteto e urbanista (FAU-UFRJ), pós-graduação pela Universitat Politècnica de Catalunya em Barcelona, mestrado em arquitetura paisagística (PROURB-UFRJ). Guto tem atuado bastante em processos participativos de ativismo urbano, como o coletivo Baixo Rio que criou em 2017. Foi coordenador de projetos de engenharia e arquitetura e superintendente na Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras do Governo do RJ, e hoje está à frente da coordenação geral do congresso UIA2021RIO.
Fundado em primeiro de julho de 2022, dia mundial da arquitetura, o Instituto Agente Muda (I AM) nasce como uma forma renovada de se pensar a relação entre cidade e arquitetura, tendo o plantio da muda das Capitais Mundiais da Arquitetura, em setembro do ano anterior, como marco zero.
Educação socioambiental, gastronomia, alimento e renda.
O projeto Vida Local Rio, interrompido em 2020, foi reiniciado dois anos depois em um novo local da cidade. Desta vez o bairro escolhido foi a Praça da Bandeira, que embora seja vizinha do Rio Comprido (bairro do projeto em 2020), tem uma dinâmica própria.
A ação do plantio de uma pequena árvore tropical em uma favela carioca é o marco símbolo de um reflorescimento planetário.
O coletivo APER (Amigos do Parque Ecológico da Rocinha) vem tornando aquele lugar um espaço de confraternização, reflexão e de superação de alguns dos traumas e carências da comunidade.
No ano de 2020, a convite do Instituto Cultural da Dinamarca e no contexto da Capital Mundial da Arquitetura, Jesper Koefoed-Melson levou ao Rio de Janeiro, Brasil, seu experiente método de fortalecimento de comunidades locais, o projeto Vida Local.
Localizada na zona portuária carioca, a Fábrica Bhering tornou-se, ao longo das últimas décadas, um dos mais relevantes abrigos para a produção artística e cultural da cidade e do Brasil.
Tiradentes Cultural é uma festa no centro da cidade, cercado de histórias, memórias e de muitas amnésias. É uma construção coletiva e popular que, ao celebrar o presente, ajuda a reconstruir o passado e a preservar um futuro desejável.
“PRAIA é uma provocação, uma delícia, um relax merecido...” explica Leticia Nabuco, idealizadora, diretora e performer, junto a muitos outros artistas e cidadãos comuns, nessa ação que tem o centro da cidade de Juiz de Fora como palco, cenário e corpo provocante para a ação. “... nos interessamos por usar e abusar do que chamamos de estado de praia, e celebrar, com alegria, a beleza de todos os corpos”, completa a diretora.
A comunidade rural, no coração da floresta, no centro da metrópole do Rio de Janeiro, que optou por tornar-se um modelo ecológico de autogestão.
Mapa-Muro é a intervenção em uma parede externa/muro/ fachada localizada em favela, na sede de algum projeto social, ONG ou instituição. Esta intervenção foi concebida em 2018 pelo SOAR Estúdio, um coletivo de arquitetas periféricas, e consiste na reprodução do mapa da favela onde o projeto é executado, a partir de um mosaico de cacos de tijolo e de azulejos, complementado por trechos em tinta e massa pigmentada.
A versão brasileira do projeto Commons & Communities traz como eixo central a cidade. Cidade como plataforma para o desenvolvimento possível de comunidades e de seus bens comuns. Cidade não apenas como território geopolítico de dimensões públicas e privadas, mas como um corpo coletivo, uma manifestação concreta das dinâmicas harmônicas ou desarmônicas das comunidades coabitantes. Esse eixo central se desdobra em três conceitos associativos: Cidade Água, Cidade Comida e Cidade Bem Viver.
Em meio a um dos maiores racionamentos de água que o Rio de Janeiro já enfrentou, nasceu o telhado verde piloto da cidade, no morro do Vidigal, inspirando a cidade maravilhosa ao alinhamento com a “agenda mundial de desenvolvimento sustentável e do clima”, e também, com a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em índice mínimo de área verde por habitante na área urbana.
O Jogo do Museu foi desenvolvido como etapa preliminar ao projeto participativo do espaço físico do Museu Sankofa, na Rocinha. Através da linguagem lúdica, o jogo busca engajar os moradores na definição do programa do museu, ampliando as possibilidades de atividades a serem realizadas.
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